Navegar é preciso – paisagens fluminenses: Casa França-Brasi, Rio de Janeiro | curadoria: Marcus Lontra e Rafael Peixoto
“Mares e rios, serras e planícies, são várias as paisagens fluminenses que formam o principal cenário na história da arte brasileira. “Navegar é preciso” apresenta um conjunto de importantes artistas nascidos ou residentes no interior que refletem a riqueza e a diversidade do nosso estado”
Marcus de Lontra Costa
A exposição Navegar é Preciso – paisagens fluminenses irá ocupar as salas do histórico prédio da Casa França-Brasil, no coração do centro da cidade do Rio de Janeiro de 20 de maio a 9 de julho de 2023.
Com o patrocínio da Petrobras e curadoria de Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto, a mostra reúne mais de 70 obras de 35 artistas que nasceram em cidades do Estado do Rio de Janeiro, ou que tenham escolhido essas cidades como ambiente para o desenvolvimento de suas pesquisas. A proposta da exposição é traçar um amplo panorama da riqueza cultural desse estado para além da capital. O título escolhido faz citação à frase que remete aos últimos anos do Império Romano, no século I a.c. e que foi imortalizada no imaginário coletivo pelo poeta português Fernando Pessoa para propor um olhar amplo para importância do Estado do Rio de Janeiro como centro de produção artística e cultural no Brasil. “Por ser capital do Império e da República durante muitos anos, o Rio sempre recebeu pessoas de diversos lugares do mundo, com diferentes vontades, comportamentos, culturas e histórias. Todas essas influências, construíram uma espécie de cosmopolitismo carioca que se ramificou por todo o estado, gerando fluxos culturais de grande importância” aponta o curador Rafael Fortes Peixoto.
O eclético grupo reunido para a mostra comprova essa riqueza artística enfatizada pela curadoria. Além da produção recente de alguns artistas, a mostra também dedica uma atenção especial à história da paisagem do Rio de Janeiro, trazendo pinturas icônicas de Antonio Parreiras, Georg Grimm, Batista da Costa, Francisco Coculilo, Di Cavalcanti, Carlos Scliar e Newton Rezende, criando um contexto cronológico e estético para a exposição. Entre pinturas, esculturas, instalações e vídeos a exposição apresenta obras de: Abelardo Zaluar; Alvaro Seixas; Andréa Facchini; Bob Cardim; Chico Tabibuia, Cipriano, Daniel Lannes; Deneir; Edmilson Nunes; Francisco Coculilo, Gonçalo Ivo; Jarbas Lopes, João Carlos Galvão, Jarbas Lopes, Jorge Duarte; Lúcia Laguna; Luiz Aquila; Luiz Badia; Marcos Cardoso; Nelson Felix; Osvaldo Carvalho; Paiva Brasil; Pedro Varela, Rafael Alonso; Rafael Vicente; Raimundo Rodriguez; Raquel Saliba; Robson Macedo; Rodrigo Pedrosa; Wilson Piran
Além disso, a ideia de paisagens fluminenses, que incorpora o gentílico comum a todos nascidos no Estado do Rio, refere-se aos vários afluentes que desembocam na capital trazendo suas influências e produções, como destaca o curador Marcus Lontra “A paisagem fluminense é o cenário primordial na história da arte brasileira. Não somente a capital, mas também o interior, refletiram ao longo da nossa história, todas as vertentes estéticas da nossa produção artística, a força e a qualidade da arte brasileira”.
Navegar é Preciso – paisagens fluminenses é a primeira de três exposições que acontecem ao longo de 2023. Contemplada na chamada do programa Petrobras Cultural
Múltiplas Expressões, conta com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, e o patrocínio da Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura, com o intuito de revitalizar a Casa França Brasil, tomando como ponto de partida sua importância histórica de espaço de cultural e de valorização da produção artística brasileira.